domingo, 29 de março de 2009

A ASAE, o comercio e segurança na India


Se a ASAE fosse imcumbida de fiscalizar os estabelecimentos comerciais na India, sob os nossos padroes e regulamentos, o trabalho deles seria simplificado. Cerca de 99% dos estabelicimentos seria pura e simplesmente encerrado. Aliás, para a maioria nem seria preciso entrar no estabelecimento, bastava olhar de fora. E em muitos sitios nem sequer seria necessário verificar estabelecimento a estabelecimento, pois simplesmente fechariam a rua inteira, o bairro inteiro, talvez mesmo a cidade inteira!

Aqui não creio que exista algo equivalente a ASAE. Ou melhor, deve haver, mas so para efeitos de cobrança de impostos, ou provavelmente ainda mais provavel, para cobrança de comissoes corruptas, vulgos subornos. Sim porque o nivel de corrupçao aqui é tao amplo, generalizado e institucionalizado que faria um brasileiro ter orgulho na seriedade dos seus politicos e respectivo sistema. Muito mais um português. Não creio que aqui haja muita mafia. A economia paralela é oficial!

Isto faz-me pensar nos exageros opostos a que chegamos na Europa, onde tudo esta regularizado, normalizado, até a cor, tamanho e formato da fruta e legumes! É ridiculo. Coisas que foram comidas sem problemas por séculos sao de repente proibidas por um senhor de gravata sentado nos corredores de Bruxelas. Tudo para nossa segurança claro! Ou para controlar o negócios de biliões que hoje é a PAC.

O certo é que tenho comido em muitissimos restaurantes, a maioria deles com pior aspecto do que os piores que já comi em Portugal. Nem por isso mais sujos, mas o padrao de aspecto é simplesmente outro. A ASAE fecharia absolutamente todos sem pensar duas vezes. E a verdade é que ainda não tive problema alimentar algum. Nada. Estou inclusivamente convencido que aquele primeiro e único vomito que tive no primeiro dia em Delhi foi psicossomático. Tenho comido e bebido, e tem sido uma optima experiencia, porque aqui os restaurantes são baratissimos (come-se bem por 1, 2 ou 3 euros, e até por menos), e muitos deles têm um menu mais variado que os chineses, posi são destinados a turistas de todo mundo. Assim, têm menu indiano, vegetariano e não vegetariano, e depois menu chinês, italiano, e muitas vezes ainda menu maericano, israelita, continental , arabe... é uma festa!

Não estou com isto a dizer que é melhor não ter normas e regulamentos sanitários e de segurança. Claro que é. Mas nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Aqui a maioria dos taxis são triciclos, os famosos rickshaws. Segurança? Z E R O!. A única segurança é andarem geralmente devagar. Mas num triciclo com uma area de um mini podem ir 12 pessoas. Mais condutor. Sem vidros, nem portas, nem airbags! E tem de andar por entre vacas, caes, peoes, outros triciclos, carros, camioes, etc. Todos com uma nocao de conduzir na vi apublica que faria um portuguûes orgulhar-se da sua educaçao e civismo.

E assim a Índia anda. E anda mesmo. Devagar e mal. Mas com tanta gente a andar, no fim andam inevitávelmente muito. Muito mais. Mais uns anos, e se isto não implodir tudo, a ìndia será uma hiperpotencia que só a China olhará de cima...

O mais curioso é que nunca, em nenhum país, e nem mesmo em Portugal, tive a sensaçao de estar num país tao seguro. Não a nivel sanitário ou na estrada, porque nesse aspecto é mesmo desastroso. Mas na sensaçao de estar seguro nas ruas, na sensaçao de que não serei assaltado, ou pior. Não é que não hajam riscos, isto não é pais de santos. Mas por algum motivo é um pais relativamente seguro. Pelo menos para um homem. Para uma mulher, sobretudo se for ocidental, e pior se for loira, as coisas mudam. Os indianos são em geral muito reprimidos sexualmente, e acham que as mulheres estrangeiras em geral são bastante... “dadas”. Assim, se for uma mulher e quiser viajar sozinha na Índia é preciso alguma atençao e espirito tolerante extra, alguma paciencia. Mas mesmo asism nada de especial. Há, ainda há, uma sensaçao de segurança realmente fantástica no ar. Não sei exactamente porquê, a quê devemso esta benece, mas também não importa. Mais vale aproveitar enquanto dura.

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